De tempos em tempos a vida nos traz um desafio e, algumas vezes, mesmo sabendo que é para o nosso crescimento, e até, que é algo que queremos muito, não conseguimos fazer a nossa parte, não respondemos com as ações oportunas. Quando isso acontece é porque estamos carentes de recursos.
Em alguns momentos essa percepção parece ligar um sistema interno que gera força e motivação para irmos em busca do que está faltando, para novamente entrarmos nos trilhos e encararmos o desafio da vida. Já em outras ocasiões, simplesmente não traduzimos os sinais e ficamos ali, repetindo as mesmas atitudes e escolhas geradas pela pobreza de recursos do momento e, com o passar dos dias, essa sensação de ser impotente ou incapaz de traçar uma estratégia adequada, para lidar com a situação instalada, cria um estado interno pouco agradável e nada acolhedor! Quando isso acontece, a primeira coisa a fazer é interromper esse ciclo vicioso de pensamentos e sentimentos pouco úteis. Dentro da PNL, chamamos isso de interromper um estado ou quebrar o estado. E aqui vão algumas dicas para sair desse ciclo vicioso que só faz com que acreditemos cada vez mais que não podemos romper aquela situação e vencer o desafio:
• Mude as imagens mentais e a conversa que acontece dentro da sua mente – se é um quadro onde as imagens são muito escuras e você está muito pequeno, impotente, perdedor: traga mais cor pra esse quadro, coloque-se maior, com um ar mais confiante, afinal é um quadro mental, você pode mudar como quiser. Se a conversa que trava com a sua mente é de derrota, apague esse diálogo, se não der, imagine a fala sendo dita por um personagem com a voz bem engraçada, como a do Pato Donald – isso tira o impacto negativo.
• Perceba a sua postura corporal – quando estamos nos sentindo frágeis, tristes, nossa postura corporal geralmente é mais encolhida, adote uma postura mais esticada, uma postura que você acha que combina com uma pessoa que sabe o que fazer numa dada circunstância.
• Se estiver com a respiração agitada, superficial, procure respirar mais profunda e pausadamente – essa respiração também traz uma mudança no nosso sistema interno.
• Saia do ambiente em que está, dê uma caminhada, olhe ao seu redor, e se não for possível, ao menos vá até a janela – olhe a paisagem veja o que tem de bom ou bonito, onde há pontos de harmonia e de uma força sutil. Prestar atenção a coisas belas e harmoniosas evoca um estado mais sereno e criativo em nós.
• Se estiver no trânsito, olhe as placas dos carros – veja as letras e perceba que palavras surgem na sua mente que comecem com aquelas letras. Se preferir um exercício mais profundo: que frase pode fazer com palavras que comecem com aquelas letras? Se preferir números, some os números das placas que encontrar pelas ruas. Lembre os números de telefone dos seus conhecidos (não vale ver a agenda do celular). E ao lembrar, imagine esses números de trás pra frente.
• Cante, dance. Vale qualquer coisa que quebre esse estado vicioso e limitante do seu campo mental e emocional. Lembra do artigo sobre o tripé da PNL, que um pensamento gera uma fisionomia, uma fisiologia que gera uma emoção, que vai influenciar o que falamos, o que fazemos e como o mundo vai reagir a nós? Então, vamos ‘arranhar’ a programação ruim, para que uma próxima programação mais útil e motivadora possa ser instalada.
Mesmo que a solução não seja imediata, um estado mais positivo e produtivo gera mais recursos e possibilidade de ajudas externas, de flexibilidade e criatividade para liberar o nosso verdadeiro potencial, que será consolidado ao lidar com o desafio presente. E ao transpô-lo, estaremos mais perto ainda de ser o melhor de nós – aquilo que gostaríamos, sonhamos e sabemos que somos capazes de ser, e com isso, viver a vida que queremos, e nos fazemos merecedores de viver.